O epicurismo de Master of None

Tem séries que impressionam pela grandiosidade, outras pela simplicidade. Master of None (2015), de Aziz Ansari e Alan Yang, é o segundo caso. Talvez seja a série mais epicurista de todas, fazendo-nos pensar sobre o prazer de viver a vida entre amigos, comida, bebida, amores em busca da serenidade na alma.

Voltada principalmente para os problemas das minorias nos Estados Unidos, também nos faz pensar em como é viver a vida numa sociedade cosmopolita e talvez na cidade mais cosmopolita de todas, Nova Iorque, a Atenas moderna, nesta busca do prazer de viver.

O próprio título nos lembra que na vida não somos mestres de nada, não temos nada a ensinar, somente a aprender, que a vida é pura imanência sem qualquer possibilidade de transcendência, cada acontecimento restrito a uma singularidade.

Ao assistir a esta série é difícil não se despreocupar e contemplar uma vida de prazer que não exclui a dor, mas a compreende sem qualquer ressentimento como parte do prazer de viver.

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